“Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tirastes de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?- Ex 14.11.”

Vamos inverter a parte A com a parte B, com a pergunta: Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?

Por qual razão Deus tirou o povo de Israel do Egito? A resposta é obvia: Eles estavam em sofrimento e clamaram ao Senhor. Deus os fez entrar em trabalho de parto.

Na verdade eles já estavam morrendo e, se aperceberam desta realidade, tardiamente, depois de quatrocentos anos de escravidão. É natural esse sentimento, depois que retorna para eles a responsabilidade de governar suas próprias vidas. Esta devolução da autonomia foi o principal ganho. No Egito eles viviam num processo de alienação, sob jugo da vontade de Faraó.

Poderemos florear este acontecimento com o trauma do nascimento. Tema bastante detalhado, anteriormente.

O útero é o paraíso – O bebê vive o princípio do prazer.

O bebê tem data para partir, sair do útero: nove meses. Se ficar no útero morre. A natureza providenciou essa saída, naturalmente, não dependendo da vontade do bebê essa decisão.

O Egito era para Israel, no princípio de seus dias, na terra de Gósen, um paraíso, um ÚTERO. Neste caso, a decisão estava nas mãos de Israel, assim como todos quantos desejam sair do Egito, do mundo, do pecado. Se continuar no Egito, no pecado é morte na certa. Como está escrito: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor (Rm 6.23).”

Israel clamou para sair do Egito. Deus providenciou a saída, era necessário passar pelo trauma do Novo Nascimento. Era necessário passar pelo trauma da saída, do Êxodo, ou morreria no útero.

É necessário sair do útero.

É necessário sair do Egito.

É necessário Nascer de Novo – Sair do sepulcro – Escapar da morte

Cristo foi o primeiro a sair do sepulcro, a vencer a morte, sair do útero com vida.

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