Deus,
na verdade, deixa a vida cotidiana da humanidade transcorrer
naturalmente para que os filhos dos homens percebam a realidade
de sua existência. Cabe cada um observar o chamado
de Deus pelo Evangelho, para sair do Egito, abandonar o
mundo de pecado.
Se o homem clamar,
Deus vem ao seu encontro. Mas, se preferir morrer nos seus
pecados, no útero, Deus não pode fazer nada.
Por
isso é que a decisão é do homem, e
o batismo é feito pelas águas, como símbolo
de sua decisão consciente.
O
homem que passa pelo Novo Nascimento é transferido
da ‘placenta do mundo’ para
a ‘placenta do Reino dos céus’.
Caminhos paralelos –
Caminhos de vida e morte
O líquido
amniótico (fluido que envolve o embrião, preenchendo
a bolsa amniótica, que desta forma o protege de choques
mecânicos e térmicos), é substituído
pela água, pela da Palavra de Deus (Ef 5.26). Viverá
por ela. Viverá pela FÉ.
Não,
não é ‘por não haver sepulcros
no Egito, que nos tirastes de lá, para que morramos
neste deserto’, mas é no deserto que haverá
possibilidades de uma vida abundante, de Vida Eterna. Após
o parto existe vida.
O deserto é
o lugar para escrever uma nova vida, de existenciar uma
personalidade livre de interferências.
É difícil,
é um trauma ter que criar possibilidades, adaptar-se
as novidades, mas temos um Pai que nos ajudará a
construir uma estrutura psíquica capaz de conciliar
o ‘mundo real’ ao ‘mundo espiritual’.
Quem passa pelo
Novo Nascimento (João 3) deixa o caminho da morte
e pega o caminho da vida. São caminhos diferentes,
um é de trevas e outro de luz, um é de pecados
para obediência a Serpente e o outro de obediência
a Deus.
Quem se projeta
neste novo e vivo caminho é literalmente perseguido,
pois deixa de compartilhar uma vida de pecados com o mundo
e torna-se alvo e incômodo como Cristo o foi a ponto
de ser sacrificado e odiado sem causa.
Em Mateus 10.22-28,
temos uma amostra desta realidade:
“E
odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele
que perseverar até ao fim será salvo. Quando
pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque
em verdade vos digo que não acabareis de percorrer
as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem. Não
é o discípulo mais do que o mestre, nem o
servo mais do que o seu senhor. Basta ao discípulo
ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram
Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
Portanto, não os temais; porque nada há encoberto
que não haja de revelar-se, nem oculto que não
haja de saber-se. O que vos digo em trevas dizei-o em luz;
e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os telhados. E
não temais os que matam o corpo e não podem
matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer
no inferno a alma e o corpo.”
Esse
é o grande gancho: “E não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma;
temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma
e o corpo.”
Guardar a alma
é guardar a vida.
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