Vamos
pensar um pouco: Se Israel quer voltar ao Egito é
pela simples razão que ele encontra neste objeto
(lugar) o poder de realizar suas fantasias. E, o que são
fantasias?
“Egito e seu esplendor”
Násio (2007), no seu livro “A Fantasia”,
diz:
“Que
é então uma fantasia? Uma fantasia é
a encenação no psiquismo da satisfação
de um desejo imperioso que não pode ser satisfeito
na realidade. Observemos porém que a fantasia pode,
ao contrário, desempenhar o papel de estimulador
do desejo, reavivá-lo e aumentar seu ardor ... Que
é então uma fantasia?É uma cena, às
vezes uma recordação esquecida que, sem ter
retornado à consciência, continua ativa. Uma
fantasia inconsciente é a figuração
plástica de um desejo inconsciente.”
Pegando um gancho,
nesta fala de Násio, podemos afirmar que a fantasia
é uma DEFESA do EU para refrear o desejo.
O desejo de Israel
é a “Vida Eterna”, “Terra Prometida”,
objeto desejado. Desejado, porque Deus despertou em Israel
este desejo. Mas pela dificuldade de obtê-la, falta
de FÉ, é compelido, forçado a se defender:
recalcando ou fantasiando.
Se recalcar o
desejo da esperança de alcançar a Vida Eterna,
nunca vai consegui-lo de fato.
Se fantasiar
vai ter um alívio possível que substitua o
alívio completo e impossível reclamado pelo
desejo.
Seja como for,
a DEFESA escolhida pelo EU-EGO, o resultado é sempre
o mesmo: um compromisso entre um eu temeroso e um desejo
que permanecerá incompleto.
Ninguém
tomara posse da Vida Eterna se inverter o processo de enxergar
a realidade. Fantasiar a realidade, é buscar o negativo,
a morte.
A Vida Eterna
não é uma utopia, é um desejo possível
de se conquistar. Fantasiar sim é viver uma utopia,
num sonho imaterial, invisível, produzida nas profundezas
do inconsciente humano.
Israel estava
fraquejando na FÉ, preferindo fantasiar com o Egito,
a completar o desejo possível de Vida Eterna: Terra
Prometida.
Deus é
o poder que faz o desejo de Vida Eterna virar realidade.
Depende do homem acreditar e tomar posse da Palavra de Deus.
Cont...